Voltando a “vasculhar” os arquivos do passado, nomeadamente de 2004, encontrámos um acontecimento que teve repercussões nacionais e internacionais, tendo sido corroborado por centenas de testemunhas a nível nacional.
Este e demais “dossiers” marcam a nossa história civil de estudo dos OVNI/UAP que, de uma forma clara e numa era tecnológica que atravessamos, temos acesso a informação primordial que nos ajuda a esclarecer e desmistificar alguns acontecimentos de outrora. Como tudo aconteceu…
01 DE JUNHO DE 2004 – 23:44 -PORTUGAL
Estávamos em 1 de Junho de 2004 (processo CIFA BRO#0669), pelas 23:44, quando os radares da nossa defesa aérea nacional (FAP) detetaram vários “ecos” de um fenómeno suspeito. Com grande luminosidade, o fenómeno consistia num objeto fusiforme, acompanhado com um rasto de fumo branco e longo, tendo sido observado em várias localidades portuguesas (Sesimbra, Aljustrel, Canas de Senhorim, Alcochete, Abrantes, entre outras), assim como, em Espanha, passando pelas províncias de Castilha, Extremadura e Andaluzia.
O mais trivial nas descrições populares e por definição, parecia tratar-se de um Objeto Voador Não Identificado (OVNI), que estaria a sobrevoar o nosso país.
Os média nesse dia, tomaram conta do sucedido, chegando, inclusive, a fazer transmissões em direto com suporte de testemunhos populares, numa cobertura verdadeiramente “in loco” e com imagens celestes do fenómeno. Segundo dados vinculados pelo jornal “Correio da Manhã” (ver caixa), a FAP teria determinado a visualização nos céus portugueses estimada entre 2 a 3 minutos, numa velocidade do fenómeno previsível de 900 km/h. Os registos dos radares de Fóia e de Montejunto, foram determinantes na informação destes valores, de passagem e duração no espaço aéreo nacional.
Segundo Paulo Lagarto, da empresa gestora do espaço aéreo português, NAV, “às 23h44 a torre de controle do Porto detetou um objeto com uma altitude ascendente, que 25 minutos antes tinha sido reportado no Montijo e em Beja como um objeto não identificado”, frisou.
Os F16 portugueses ficaram de prontidão para o caso de ser necessário a provável tentativa de interceção do fenómeno, que nunca veio acontecer. Um pouco por todo o país, centenas de populares davam conta de um fenómeno bizarro que, em vários estratos sociais, denunciam o “intruso” no céu. Mas afinal qual a explicação do sucedido e do que se tratava o fenómeno celeste?
A EXPLICAÇÃO OFICIAL
Um submarino francês, submergido nas águas da Bretanha francesa, efetuou o lançamento de um míssil balístico M45, pelas 22:01 (TU). Aparentemente, as testemunhas nacionais e espanholas confrontaram-se com a separação do míssil, que teria caído no Oceano Atlântico de seguida, segundo o investigador espanhol Vicente-Juan Ballester Olmos, que obteve a informação oficial junto do Dr. Jonanthan McDowell, Director do SMITHSONSIAN CENTER FOR ASTROPHYSICS, da Universidade de Havard (EUA).
Relembramos que ainda durante 2023 (ver foto abaixo), tivemos um evento com as mesmas características de visualização (fisionomia) e duração, que também mereceu por parte da Armada Francesa a justificação do lançamento do míssil M51.3, induzindo os mais desprevenidos em erros de interpretação celeste.
A informação padrão consistente e oriunda em massa de muitos testemunhos, deixa, de forma preliminar, adivinhar de fenómenos com explicações prováveis no estudo.
São muitos e relevantes dos fenómenos que desenvolvem o “imaginário popular” do fantástico e do desconhecido.

Fotograma do vídeo do fenómeno de 2004 (Arquivos CIFA)

O croqui efetuado por inúmeras testemunhas do dia 04JUN2004 (Arquivos CIFA)

Testemunha em Guimarães retratou fenómeno com evoluções no firmamento. (Arquivos CIFA)

Na edição do “Notícias CIFA” nº7, de Outubro de 2021, foi notícia o fenómeno idêntico de 2004. Neste caso tratou-se do foguetão Atlas na separação do tanque de combustível. (Arquivos CIFA)

Fotografia tirada em Portugal, a 18 de Novembro de 2023, tratando-se de um míssil balístico francês M51.3 da Armada Francesa. (Arquivos CIFA)