RELEMBRAR O PASSADO É FAZER HISTÓRIA (1)…
APPO – ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE PESQUISA OVNI (PORTO-CACÉM) 1989-1999
Em 18 de Setembro de 1989, nasceu oficialmente por escritura pública, na cidade do Porto, a entidade APPO – Associação Portuguesa de Pesquisa OVNI, pela mão de Vítor Moreira e de um grupo de investigadores civis, que tinham como objecto procurar respostas face às demais manifestações dos Não Identificados que assolavam o país.
O seu surgimento teve lugar com uma vasta e ampla equipa de trabalho, na cidade do Porto, que desenvolveram um planeamento de actividades na intenção de estudar “in loco” no âmbito da investigação e com actos de formação pessoal necessária, para assimilar os dados para análise da fenomenologia OVNI.
A divulgação dos seus trabalhos, sempre de forma pedagógica na desmitificação do fenómeno, ocorreu com toda naturalidade na Comunicação Social e que, viria de forma sistemática, a divulgar os seus Comunicados de Imprensa sempre justificados com os trabalhos de inquérito que vinha realizando pelo país, assumindo assim uma conduta de trabalho séria e objectiva.
Com várias edições do seu boletim informativo “APPO Boletim” (1992-1996), o aparecimento da publicação, fez renovar o sentido de responsabilidade e visão na sociedade portuguesa com o seu trabalho operacional, naturalmente sempre limitado por questões financeiras pela ausência de apoios directos institucionais.
Após o lançamento da publicação, dedicado sempre e exclusivamente a assinantes da Associação, é realizada a sua primeira exposição fotográfica da sua responsabilidade, no IPJ – Instituto Português da Juventude, em Lisboa, cujo sucesso despertou a “curiosidade” de centenas de visitantes, durante o ano de 1993. Em Maio do mesmo ano, e “tomando” o pulso de interesse social, outra iniciativa civil de enorme valor assinalável de produto informativo é apresentado. Surge a “Linha OVNI”, que consistia de uma linha telefónica dedicada com informação actualizada de ocorrências, como meio de “porta-voz “ da entidade destinado para a sociedade portuguesa.
Durante este ano é lançado o Relatório Anual Estatístico de Observações OVNI em Portugal, resultante dos registos de ocorrências no país, mantendo igualmente o mesmo formato de trabalho de divulgação em 1994.
Em Agosto de 1995, como marco importante na formação dos seus elementos de investigação, realiza-se o 1ºSimulacro Nacional para os Encontros Imediatos do 2ºgrau (evidências físicas no Terreno), que no programa estabelecido foi também procedido a uma noite de observação astronómica. Foi uma tarefa cumprida com êxito junto de todos, que veio enaltecer e reforçar as intenções de trabalho até então consagrados. Nessa mesma ocasião, aparecia a APPO UFO-BBS (transmissão de dados pela via telefónica) no servidor existente na Associação.
Ainda em 1995, é criada a Rede Nacional de Agentes de Informação – RNAI (Correspondentes) que viria a cobrir alguns distritos no país. Salvaguardar com uma estrutura humana capacitada na cobertura nacional de prováveis acontecimentos inexplicados, era a intenção crucial do projecto anunciado. A publicação interna e dedicada aos anunciados participantes designada como “ÚLTIMAS NOTÍCIAS” , veio preencher a lacuna de comunicação, que outrora passava por meios rudimentares de envio de circulares de trabalho.
Com presença em quase todos os média nacionais nessa época, o trabalho da APPO era sentido de forma responsável e séria, por todos interessados que estavam ciosos de informação sobre os Objectos Voadores Não Identificados. Muitas presenças e convites pela Comunicação Social motivaram toda a dinâmica criada envolvendo nessa altura, já alguns académicos no apoio na actividade. Passar do foro civil da discussão para o âmbito mais científico, era uma das premissas que estavam orientados nos meados dessa época.
Em meados do ano de 1996, e por razões meramente profissionais, o então responsável e dinamizador teve a sua saída para o exterior, tendo delegado ao seu Vice-Presidente a sua continuidade de atividades. No seu regresso em Agosto de 2000, já toda a sua dinâmica estaria dissolvida num pronuncio algo esperado pela ausência do seu mentor e principal dinamizador de atividades.
Momentos de uma geração curiosa debruçada na Ciência e avida de informação, que nos trabalhos na investigação ovnilógica nacional merece a sua menção como marco importante de passagem extremamente importante na afirmação dos seus trabalhos então conseguidos na investigação dos OVNI em Portugal.







